quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021

A Tribo de José

 


A Tribo de José

José, cujo nome significa "aumentador" ou "acrescentador" (no Egito ele recebeu o nome de "Zafenate-Panéiaseu" que significava "descobridor das coisas ocultas"), era um dos filhos mais novos de Jacó (Israel). Não obstante, ele era o primeiro filho (primogênito) de Jacó e Raquel. Ele herdou as bênçãos da primogenitura porque Rúben, primogênito de Jacó com a primeira esposa (Leia), perdeu esse privilégio devido a transgressão (1 Crôn. 5:1–2). José, sendo o primogênito de Jacó com a segunda esposa e em virtude de sua dignidade, era quem tinha direito àquela bênção. José também recebeu uma bênção de Jacó, pouco antes de seu pai falecer, que debateremos mais abaixo (Gên. 49:22–26).

José foi um homem de grande integridade, “entendido” e “sábio” (Gên. 41:39). Sua recusa em ceder ao assédio da mulher de Potifar é um exemplo de fé, castidade e integridade pessoal (Gên. 39:7–12). No Egito, quando José revelou sua verdadeira identidade a seus irmãos, agradeceu a eles em vez de condená-los pelo tratamento que lhe deram, acreditando que a atitude deles ajudara a cumprir a vontade de Deus (Gên. 45:4–15).

Os dois filhos de Jacó: Efraim e Manassés, foram adotados por seu pai Jacó, e passaram a herdar as bênçãos como patriarcas de duas tribos em Israel. O entendimento do papel de José e de seus filhos é melhor compreendido com as revelações modernas, que falam sobre a missão maior da família de José nos últimos dias:

José profetizou no Egito que Moisés libertará Israel do cativeiro egípcio e que um ramo dos descendentes de José seria levado a uma terra distante, onde seriram lembrados nos convênios do Senhor. Ele ainda profetizou que nos últimos dias Deus chamaria um profeta com o seu nome para unir os registros sagrados de Judá e de José (TJS, Gên. 50:24–38 [Apêndice da Bíblia]; 2 Né. 3:3–24; 3 Né. 20:25–27)

A Bíblia muito raramente usa o termo tribo de José. Afinal, a tribo de José nada mais é do que a união de duas outras tribos: Efraim e Manassés.

Mais sobre o personagem: José, ao contrário dos vários irmãos, tem a história pessoal bem detalhada no livro de Gênesis. Jacó amava muito a José e deu-lhe uma túnica de várias cores, Gên. 37:3. Movidos pelo ciúme, os irmãos de José começaram a odiá-lo e conspiraram sua morte, preferindo depois vendê-lo a uns mercadores que se achavam a caminho do Egito, Gên. 37:5–36. No Egito o Senhor fez José prosperar e ele tornou-se governante da casa de Potifar, Gên. 39:1–4. A mulher de Potifar mentiu, dizendo que José tentara seduzi-la, e ele foi injustamente condenado e preso, Gên. 39:7–20. Mas Deus estava com José, e ele interpretou os sonhos do copeiro-mor e do padeiro do Faraó, Gên. 40. O Faraó começou a favorecer a José, por ele ter interpretado um de seus sonhos, e fez dele governador do Egito, Gên. 41:14–45. Ele teve dois filhos no Egito: Efraim e Manassés, Gên. 41:50–52. José reúniu-se com seu pai e irmãos, Gên. 45–46. Ele morreu no Egito com a idade de 110 anos, Gên. 50:22–26.

Terras: A posição de José no acampamento de Israel era a posição de Efraim e de Manassés. As terras herdadas por José são as terras dadas a Efraim e Manassés. José também herdou as Américas.

Símbolo ou Insígna: Ramo frutífero junto a uma fonte de água

Bênçãos e Profecias: “José é um ramo frutífero, ramo frutífero junto a uma fonte; seus raminhos se estendem sobre o muro. Os flecheiros lhe deram amargura, e o flecharam e perseguiram, mas o seu arco permaneceu firme, e os seus braços foram fortalecidos pelas mãos do Poderoso de Jacó, o Pastor, o Rochedo de Israel, pelo Deus de teu pai, o qual te ajudará, e pelo Todo-Poderoso, o qual te abençoara, com bênçãos dos céus em cima, com bênçãos do abismo que jaz embaixo, com bênçãos dos seios e da madre. As bênçãos de teu pai excedem as bênçãos dos montes eternos, as coisas desejadas dos eternos outeiros; sejam elas sobre a cabeça de José, e sobre o alto da cabeça daquele que foi separado de seus irmãos” (Gênesis 49:22-26).

“Abençoada pelo Senhor seja a sua terra, com os mais excelentes dons do céu, com o orvalho, e com as águas do abismo que jaz abaixo; com os excelentes frutos do sol, e com os excelentes produtos dos meses; com as coisas mais excelentes dos montes antigos, e com as coisas excelentes dos outeiros eternos; com as coisas excelentes da terra, e com a sua plenitude, e com a benevolência daquele que habitava na sarça; venha tudo isso sobre a cabeça de José, sobre o alto da cabeça daquele que é príncipe entre seus irmãos ” (Deuteronômios 33:13-16)

“Teus irmãos inclinar-se-ão diante de ti,de geração em geração, ao fruto de teus lombos para sempre; Pois eis que serás uma luz para o meu povo [o povo de Israel], para libertá-los da escravidão nos dias de seu cativeiro; e para trazer-lhes salvação quando estiverem completamente curvados sob o pecado” (TJS Gênesis 48:11).

Essas bênçãos são melhor explicadas nas escrituras da restauração. Eis as bênçãos e as escrituras e citações que as explicam:

1- DESCENDENCIA ETERNA. "Ramo frutífero". José seria herdeiro das bênçãos de seu bisavô Abraão, avô Isaque e pai Jacó (Israel). Assim sendo, ele receberia a promessa de uma descendencia infinita. Vidas Eternas, se fosse fiel. Isso significa que teriam acesso à lei de Deus, ao Casamento Celestial e todas as ordenanças de salvação e exaltação (D&C 132:19-24). Eles seriam frutíferos pois estariam ligados a Verdadeira Videira, que é Cristo (João 15:1-16).

 

2- POVOAMENTO DE TERRAS DISTANTES. "Ramo frutífero junto a uma fonte; seus raminhos se estendem sobre o muro". O Livro de Mórmon ensina que os descendentes de José vieram para as Américas a povoaram. A descendência de José seria frutífera, semelhante a uma árvore perto de uma fonte de águas – iria crescer extraordinariamente. A frase “seus raminhos se estendem sobre o muro” é uma clara alusão de que a descendência de José iria viajar pelo oceano, considerado uma fronteira ou um muro intransponível na época.
O Élder Orson Pratt disse: “A benção peculiar dada a José, foi a de que ele desfrutaria de possessões muito maiores que as concedidas aos progenitores de Jacó, até a extremidade dos outeiros eternos. Isso parece indicar que ocupariam uma terra localizada muito longe da Palestina.” (Jornal of Discurses, volume 14, pg. 9)
O Élder LeGrand Richards disse que os “outeiros eternos” mencionados em Gênesis 49:26 se referem às Américas. (Ver Conference Report, abril de 1967, p. 20.)

O Élder Orson F. Whitney (1855–1931), do Quórum dos Doze Apóstolos, disse o seguinte dessa terra dada a eles por herança: “Outro nome para a América, autorizado pelo Livro de Mórmon, seria Terra de José, à qual o patriarca Jacó fez referência ao abençoar seus doze filhos (Gênesis 49:22–26) e a qual o profeta Moisés mencionou em sua última bênção às doze tribos de Israel (Deuteronômio 33:13–15). Jacó mencionou José como sendo ‘um ramo frutífero junto à fonte’ cujos ramos ‘correm sobre o muro’ e isso se cumpriu com a migração de Leí e seus companheiros da Ásia para a América pelo Oceano Pacífico. Não é nem preciso dizer que uma das principais características desse continente ocidental são suas altas cordilheiras, os Andes e as Montanhas Rochosas, às quais o patriarca hebraico muito apropriadamente chamou de ‘outeiros eternos’, os repositórios do ‘mais excelente da terra’ — ouro, prata e outros minerais — e do ‘mais excelente dos céus’ — os registros sagrados que já foram descobertos e outros que ainda serão” (“The Book of Mormon: Historical and Prophetic Phases”, Improvement Era, setembro de 1927, pp. 944–945). Joseph Smith ensinou que “todas as Américas são Sião, de norte a sul” (Ensinamentos do Profeta Joseph Smith, p. 354), onde foi profetizado que as outras tribos perdidas receberiam suas bênçãos do convênio abraâmico “pelas mãos dos (…) filhos de Efraim”. (D&C 133:32; ver vv. 26–34.) O Senhor até designou um lugar na América do Norte para a cidade de Sião (ver D&C 57:1–3), o local da Nova Jerusalém (ver D&C 84:2–5).

 


3- PROTEÇÃO DIVINA. Sobre a frase “os flecheiros lhe deram amargura, e o flecharam e perseguiram, mas o seu arco permaneceu firme, e os seus braços foram fortalecidos pelas mãos do Poderoso de Jacó” podemos dizer que é uma referencia ao passado do próprio José, que sofreu na sua juventude pela maldade de seus irmãos mais velhos. Mas também, que com o tradicional dualismo das profecias do Velho Testamento, a frase é um resumo da história da descendência de José, sendo constantemente afligida, e depois fortalecida pelo Poderoso de Jacó.
Quando Israel diz a seu filho José “daquele que foi separado de seus irmãos” não esta apenas, mais uma vez, se referindo ao passado dele, quando José foi vendido como escravo, e, portanto, separado de sua família. Seiscentos anos antes de Cristo, Leí, um descendente de José (1 Néfi 5:14), seria separado das outras tribos indo, com sua família e outros, para as Américas.

Leí compreendeu isso e antes de morrer e falou a seu filho mais novo: “Pois eis que tu és o fruto de meus lombos; e eu sou um descendente de José, que foi levado cativo para o Egito. E grandes foram os convênios que o Senhor fez com José. Portanto José verdadeiramente viu nossos dias. E obteve a promessa do Senhor de que do fruto de seus lombos o Senhor Deus levantaria um ramo justo para a casa de Israel; não o Messias, mas um ramo que seria arrancado e, não obstante, seria lembrado nos convênios do Senhor (…)” (2 Néfi 3:4-5).

O profeta Zenos e o profeta Zenoque, que viveram na época do Antigo Testamento, antes de Leí, mas que não são mencionados em nossa Bíblia atual, devido à iniquidade, falaram “particularmente” sobre os leítas (3 Néfi 10:16). Zenos em sua grandiosa “alegoria das oliveiras” fala sobre à Casa de Israel sendo dispersa pelo mundo. Um dos ramos da Oliveira foi plantando numa excelente parte da vinha – numa terra “fértil” (Jacó 5:25). Entretanto a árvore produziu parcialmente frutos bons e parcialmente frutos maus – o que indica a separação dos leítas em dois ramos, um justo (os nefitas) e um iníquo (os lamanitas) (2 Néfi 5).

Zenos também falou sobre a extinção do ramo justo (destruição dos nefitas), da dominação dos iníquos (lamanitas), da excelência das Américas, da tristeza do Senhor ao contemplar a apostasia e até da extinção dos Jareditas, para que os leítas fossem “plantados” nas Américas (Jacó 5:40-44). Entretanto, a "mescla" dos nefitas sobreviveu junto com os lamanitas. E o Livro de mórmo nsurgiu para resgatá-los (D&C 3:16-20)

 


4- PERPETUAÇÃO DO CONVÊNIO ABRAAMICO COM PROMESSAS TEMPORAIS E ESPIRITUAIS. "Todo-Poderoso, o qual te abençoara, com bênçãos dos céus em cima, com bênçãos do abismo que jaz embaixo, com bênçãos dos seios e da madre (...) "As bênçãos de teu pai excedem as bênçãos dos montes eternos, as coisas desejadas dos eternos outeiros; sejam elas sobre a cabeça de José, e sobre o alto da cabeça daquele que foi separado de seus irmãos".
Essa é uma clara referências as promessas mais sublimes feitas nos Templos Sagrados. As bênçãos de exaltação. Tais bênçãos são possiveis devido a liderança de Efraim na Coligação de Israel, na construção de Templos, na ministração de ordenanças dos dosi lados do véu, etc.
5- BÊNÇÃOS MATERIAIS NA TERRA PROMETIDA."Abençoada pelo Senhor seja a sua terra (...)". Como falamos, além das terras herdadas por Efraim e Manassés na Palestina, eles também herdaram as Américas "tanto do norte como do Sul".
6- LIDERANÇA. "venha tudo isso sobre a cabeça de José, sobre o alto da cabeça daquele que é príncipe entre seus irmãos" e "teus irmãos inclinar-se-ão diante de ti,de geração em geração, ao fruto de teus lombos para sempre". José fica à testa. Ele tem o poder de presidência sobre as Tribos de Israel.

Uma das maneiras que ele José lidera é através de seu registro, que é um ponto vital para coligação de Israel. O Presidente Russel M. Nelson disse:

“O surgimento do Livro de Mórmon é um sinal para o mundo inteiro de que o Senhor começou a coligar Israel e a cumprir os convênios que fez com Abraão, Isaque e Jacó. Não apenas ensinamos essa doutrina, mas também participamos dela. Fazemos isso ajudando a coligar os eleitos do Senhor nos dois lados do véu. O Livro de Mórmon é um ponto central dessa obra. Ele declara a doutrina da coligação. Faz as pessoas aprenderem a respeito de Jesus Cristo, a acreditarem em Seu evangelho e a filiarem-se à Sua Igreja. Na verdade, se não houvesse o Livro de Mórmon, a coligação prometida de Israel não aconteceria” (“A Coligação da Israel Dispersa”, Conferência Geral, sessão da manhã de domingo, outubro de 2006).

Outra parte importante é que Joseph Smith era da tribo de Efraim, bem como grande prte dos lideres no começo da Igreja. Brigham disse que “Joseph Smith era um efraimita puro”. (Discourses of Brigham Young, p. 322)] O Presidente joseph Fielding Smith explicou que Efraim será coligado primeiro. E então liderará a coligação das demais tribos: “Nesta dispensação, é essencial que Efraim fique à testa, exerça em Israel o direito de primogenitura que lhe foi dado por revelação direta. Por conseguinte, Efraim tem que ser reunido primeiro, a fim de preparar o caminho, por meio do evangelho e do sacerdócio, para as demais tribos de Israel quando chegar a hora de serem reunidas em Sião” (Doutrinas de Salvação, comp. Bruce R. McConkie, 1954–1956, 3 vols., volume 3, pp. 255–256).

 

7- CAPACIDADE PARA LIBERTAR FÍSICAMENTE ISRAEL. "eis que serás uma luz para o meu povo [o povo de Israel], para libertá-los da escravidão nos dias de seu cativeiro". Além do poder militar de Efraim e Manassés nos tempos do Velho Testamento, e da capacidade guerreira dos nefitas no Livro de Mórmon - sabemos que os últimos dias, sob a liderança de Efraim, Sião crescerá:

"Sião prosperará e esparramar-se-á e tornar-se-á muito gloriosa, muito grandiosa e muito terrível. E as nações da Terra honrá-la-ão e dirão: Certamente Sião é a cidade do nosso Deus e certamente Sião não pode cair nem ser removida de seu lugar, porque Deus lá está e a mão do Senhor ali está" (D&C 97:18-19). De um modo ainda não compreendido pelo mundo, Israel está libertando as pessoas de todo tipo de escravidão física, mental, emocional e espiritual. A luz da verdade que se derramou a partir da restauração em 1820, tem permitido invenções, avanços e mudanças no mundo. Assim, José tem recebido sua bênção como libertador, não paenas de sua família no antigo Egito, mas de bilhões na vida e no pós-vida.

 

8 - CAPACIDADE PARA MINISTRAR SALVAÇÃO. "e para trazer-lhes salvação quando estiverem completamente curvados sob o pecado". Como memros da Casa de Israel, os descendentes de José teriam o privilégio de serem ministrados pessoalmente e em primeiro lugar (3 Néfi 20:26). Então, eles seriam encarregados de levar a verdade do Evangelho do Salvador a outros povos (3 Néfi 3:27). Tal encargo e bênção só poderia ser cumprido se o "registro de José" fosse escrito, preservado e revelado nos últimos dias. 
 
José profetizou que Jospeh Smith sugiria nos últimos dias e efetivaria a restauração da verdade, trazendo a luz o Livro de Mórmon, que é o registro de Efraim (2 Néfi 3:3-24,] Eze. 37:15–20; 1 Né. 13:38–41; 2 Né. 29:8; 33:10–11). Em dezembro de 1834, Joseph Smith Sênior deu ao Profeta Joseph uma bênção, confirmando que ele era o vidente sobre quem o antigo José havia profetizado: 
 
“Eu te abençôo com as bênçãos de teus pais Abraão, Isaque e Jacó; sim, as bênçãos de teu pai José, filho de Jacó. Eis que ele viu sua posteridade nos últimos dias (...); procurou diligentemente conhecer de onde viria o filho que traria à luz a palavra do Senhor, por meio da qual pudessem ser iluminados e conduzidos de volta ao verdadeiro redil, e seus olhos te contemplaram, meu filho; seu coração regozijou-se e sua alma ficou satisfeita, e ele disse: (...) ‘Da minha semente, dispersa com os gentios, será erguido um vidente (...), cujo coração meditará com grande sabedoria, cuja inteligência será abrangente e compreenderá as coisas profundas de Deus e cuja boca proferirá a lei do justo’. (...) Tu possuirás as chaves desse ministério, sim, a presidência desta Igreja, nesta vida e na eternidade”. (Joseph Smith Sr., bênção dada a Joseph Smith em 9 de dezembro de 1834, Kirtland, Ohio; Bênçãos Patriarcais 1833–2005, Arquivos da Igreja, A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, Salt Lake City, Utah.) 
 
Joseph Smith, escreveu: “O Livro de Mórmon (a vara de José nas mãos de Efraim) já estava sendo publicado havia algum tempo e, como o antigo profeta havia predito a seu respeito, ele foi ‘[estimado] como coisa estranha’ [ver Oséias 8:12]. Uma agitação considerável foi criada por causa de seu surgimento. Grande oposição e muita perseguição foram impostas aos que acreditavam em sua autenticidade. Mas a verdade tinha brotado da terra e justiça tinha olhado do céu [ver Salmos 85:11; Moisés 7:62], portanto não temíamos nossos opositores, sabendo que tínhamos tanto a verdade como a retidão do nosso lado, que tínhamos tanto o Pai como o Filho, porque tínhamos as doutrinas de Cristo e as cumpríamos; portanto continuamos a pregar e a informar a todos que estivessem dispostos a ouvir”" ("Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Joseph Smith, pg. 393)


Mais sobre essa tribo: Trataremos mais ao falar sobre Efraim e Manassés no próximo artigo.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2021

As tribos de Naftáli, Gade e Aser



A Tribo de Naftáli (ou Naftali)

Naftáli era o sexto dos doze filhos de Jacó e o segundo de Bilha (ou Bila ou Bilha), serva de Raquel (Gênesis 30:7–8). Naftali teve quatro filhos (Gênesis 46:24, 1 Crônicas 7:13). Seu nome significa "lutando" - uma evidente referência a fala de Raquel quando o bebê nasceu: "com lutas de Deus tenho lutado com minha irmã" (Gênesis 30:8).

Mais sobre o personagem: Não temos muita informações sobre esse personagem. Ele é mencionado junto com os irmãos em Gênesis e não há nenhum destaque do mesmo.

Terras: No acampamento de Israel se localizava ao norte, junto com Aser e Dã, protegendo a retaguarda de Israel.
Ao chegarem na Terra Prometida eles não cumpriram com exatidão a ordem do Senhor de expulsar ou destruir os moradores da terra (Juízes 1:33).
Naftali passou a ocupar o lado oriental da Galileia (logo ao lado ocidental do Mar da Galileia), nas áreas hoje conhecidas como Baixa Galileia, e Alta Galileia, e fazia fronteira a oeste com a Tribo de Aser, ao norte a Tribo de Dã, no sul Zebulom e o rio Jordão no leste. Sua cidade principal era Hazor. Nessa região, em torno do Mar da Galileia, ficava a altamente fértil planície de Genesaré, caracterizada como a ambição da natureza, um paraíso na Terra, e com a porção sul da região atuando como uma passagem natural entre as terras altas de Canaã, muitas estradas principais (como as de Damasco a Tiro e Acre, passavam por ali.

Símbolo ou Insígna: Gazela

Bênçãos e Profecias: Jacó disse sobre seu filho: “Naftali é uma gazela solta; ele profere palavras formosas ” (Gênesis 49:21). Já a bênção de Moisés para essa tribo foi: “Farta-te ó Naftali, da benevolência, e enche-te da bênção do Senhor; possui o ocidente e o sul” (Deuteronômios33:23).
A Gazela era símbolo de pureza primordial, de liberdade, de fecundidade. A referência de que Naftali proferia palavras formozsas parece indicar que ele havia recebido grande conhecimento e era capaz de transmiti-lo de maneira primorosa.
Moisés abençoa a tribo com prosperidade e fez referencia a maravilhosa herdade que teriam.


Mais sobre essa tribo: Um dos juízes mencionados no livro de Juízes foi da tribo de Naftali: Baraque. Ele lutou ao lado de Débora. Eles venceram Jabim e Sísera.
A tribo de Naftali também estava entre as poucas tribos escolhidas (Manassés, Aser, Zebulom e Naftali) para, sob a liderança de Gideão, vencer os midianitas (Juízes 7-8).
Outro personagem de destaque é Hirão, que foi encarregado se supervisionar a obra do Templo de Salomão (1 Reis 7:14). Eu mencionei, no artigo anterior, que Hirão era descendente de Dã. Contudo, há uma passagem que diz que ele era descendente de Naftali. A aparente contradição pode ser superada se considerarmos que não temos todas as informações. A mãe de Hirão pode ter sido danita e seu pai de Naftali. Talvez a mãe, embora danita, estivesse vivendo no território de Naftali. E alguns especialistas ainda sustentam que a mãe Hirão era de Naftali, mas também descendente das filhas de Dã. Seja lá qual a explicação, Hirão era descendente de duas tribos. E não é de se estranhar que os escritores de Reis e Crônicas quisssem destacar o famoso arquiteto reclamando seu sangue para uma ou outra tribo.


A Tribo de Gade

Gade era o sétimo filho que Jacó. Zilpa, a serva de Leia, o gerou. Ele era irmão de Aser (Gênesis 30:11-13 e 46:16,18). Embora em algumas versões da Bíblia lemos que o significado de seu nome seria "vem uma turba e chamou o seu nome Gade", o mais apropriado é traduzir seu nome por "com sorte ("afortunado") e chamou o seu nome Gade", ou "vem a sorte e chamou o seu nome Gade."

Mais sobre o personagem: Não temos muitas informações sobre Gade.

Terras: A tribo de Gade, durante a marcha pelo deserto, situava-se, juntamente com Simeão e Rúben, a sul do tabernáculo (Números 2:14).
As tribos de Rúben e Gade, ao se aproximarem da Terra Prometida, prefiriram estabelecer-se ao lado leste do rio Jordão. Moisés permitiu, desde que eles ajudassem na conquista da Terra (Números 32).
A porção atribuída a Gade ficava a leste do Jordão e incluía metade de Gileade, uma região de grande beleza e fertilidade (Dt 3:12), que a este fazia fronteira com o deserto árabe, a oeste com o Jordão (Js 13:27) e a norte com o rio Jaboque. Incluía, assim, todo o vale do Jordão até ao Mar da Galileia, onde, então, estreitava.

Símbolo ou Insígna: Tenda

Bênçãos e Profecias: Jacó disse soba cabeça e seu filho Gade: “Quanto a Gade, guerrilheiros o acometerão; mas ele, por sua vez, os acometerá ” (Gênesis 49:19). Moisés no mesm osentido, abençoou a tribo dizendo: “Bendito aquele que faz dilatar a Gade; habita como a leoa, e despedaça o braço, e o alto da cabeça ” (Deuteronômios 33:20)
Essas bênçãos parecem uma retratação fiel do que veio a se tornar o povo da tribo de Gade: um povo guerreiro. Eles eram "varões valentes, homens de guerra para pelejar, armados com rodela e lança; e seus rostos eram como rostos de leões e ligeiros como corças sobre os montes" (1 Crônicas 12:8 e ver também 1 Crônicas 5:19-22).

Mais sobre essa tribo: 
Foram levados em cativeiro por Tiglate-Pileser III ao mesmo tempo que as outras tribos do norte (1 Crônicas 5:26) e no tempo de Jeremias (Jeremias 49:1), os amonitas habitavam nas suas cidades.
Um dos personagens da tribo de Gade mais famosos é Barzilai (citado em 2 Samuel 17:27). Ele pode ser considerado um dos melhores amigos do Rei Davi. Barzilai era um homem de muitas posses e protegeu o Rei Davi, quando ele estava em fuga da perseguição do seu filho Absalão que havia se rebelado. O fato é narrado em 2 Samue 17. Quando a revolta foi dominada, Davi convidou Barzilai para que mudasse para Jerusalém, junto a corte real. Mas o ancião desculpou-se por sua avançada idade, dando o lugar a seu filho Quimã (2 Samuel 19:32-39). Davi continuou sendo grato a Barzilai pois nas suas últimas recomendações à seu herdeiro Salomão, pediu que continuasse a ser amigo da família de Barzilai em 1 Reis 2:7.


A Tribo de Aser

Aser era filho de Zilpa (serva de Leia) e Jacó. Seu nome significa "feliz". Aser esteve envolvido na venda de José ao Egito. Ele foi abençoado como um dos pais das tribos d Israel. Em I Crônicas 7:30-40 é traçada a descendência de Aser e seus filhos Imna, Isvá, Isvi, Berias e Sera.

Mais sobre o personagem: Tal como vários de seus irmãos, não temos muitas informações sobre Aser.

Terras: No acmapmaento de Israel Aser ficava ao norte com Dã e Naftáli.
A Tribo de Aser, junto com seus irmãos, tomou residência na parte leste do delta do rio Nilo, onde sua descendência multiplicou-se e originou a tribo de Aser. A tribo seguiu Moisés para a Terra Prometida.
A região original de Aser coincidia com a terra da Filístia. Os seus limites incluíam estas cidades: Helcate, Hali, Beten, Acsafe, Alameleque, Amade e Misal. A linha balizadora a ocidente ia do Carmelo até Sior-Libnate, infletia para leste, para Bete-Dagom, e chegava a Zebulão, ao vale de Ifta-El, correndo a norte de Bete-Emeque e de Neiel. Depois passava a leste de Cabul, de Ebrom, Reobe, Hamom e Caná, até à grande Sídon. Então a linha divisória dirigia-se na direção de Ramá e da cidade fortificada de Tiro e chegava ao mar Mediterrâneo em Hosa. O território incluía também Maalabe, Aczibe, Umá, Afeque e Reobe. Um total de vinte e duas cidades, mais as aldeias ao redor.
Antes da ascensão do rei Davi, a terra de Aser já pertencia aos filisteus, de modo que a tribo pode ter continuado a existir apenas como indivíduos ou famílias vivendo em territórios de outras tribos, não mais como uma entidade individual e identificável entre as outras tribos de Israel. O fato é que eles não tieram muit sucesso em conquistar a terra para si mesmos.

Símbolo ou Insígna: Pão, trigo ou árvore

Bênçãos e Profecias: “O mais excelente em alteza e o mais excelente em vigor” (Gênesis 49:3); “Bendito seja Aser dentre os filhos de Israel; seja o favorecido de seus irmãos; e mergulhe em azeite o seu pé; de ferro e de bronze sejam os teus ferrolhos; e como os teus dias, assim seja a tua força” Ou numa versão mais recorrente: “Bendito seja Aser com seus filhos; agrade a seus irmãos, e banhe em azeite o seu pé. Seja de ferro e de metal o teu calçado; e a tua força seja como os teus dias” (Deuteronômios 33:24-25).

As bênçãos dadas aos membros da Tribo de Aser são bênçãos temporais e espirituais. Eles iriam prosperar nos dias da provação mortal. De fato, eles poderiam se tornar tanto mais excelentes em alteza espiritual quanto em vigor físico no teste mortal.

Embora não tenhamos detalhes, eles não obtiveram completamente sua herança na Terra da Promissão, o que nos leva a pensar que não foram diligentes em seus deveres sagrados para com Deus. Eles também se rebelaram contra o Senhor e acabaram entre as tribos dispersas de Israel. O Senhor havia dito que "de ferro e de bronze sejam os teus ferrolhos" significando que teriam proteção contra qualquer inimigo se fossem fiéis.

Mais sobre essa tribo: Os aseritas se uniram a Jeroboão quando este reivindicou para si o trono de Israel. A tribo desapareceu definitivamente dos registros quando Samaria foi tomada pela Assíria. E estavam entre as dez tribos perdidas.
Embora a tribo tenha desaparecido, alguns de seus membros permaneceram no Reino do Sul, o Rein ode Judá. Tanto que um homem chamado Fanuel era da Tribo de Aser, e viveu algumas décadas antes do nascimento de Jesus Cristo. Ele teve uma filha chamada Ana, chamada de "a profetiza Ana" por Lucas. Ana "era viúva, de quase oitenta e quatro anos, e não se afastava do templo, servindo a Deus em jejuns e orações, de noite e de dia." (Lucas 2:36-38). Ela teve o privilégio de ver o pequeno Jesus e de reconhecer, pelo Espírito, que Ele redimiria o mundo.

Vídeo:




A Tribo de Benjamim

  Introdução   Benjamim era o filho mais novo de Jacó, o segundo filho e Raquel - que morreu ao dar a luz - enquanto iam de Betel para Efrat...